Por Alisson, PR7GA

Na madrugada de sábado para  domingo, 12 de dezembro de 2021, radioamadores norte-americanos irão recriar a experiência feita há exatos 100 anos atrás que marcou o primeiro contato transatlântico por amadores., onde sinais de rádio cruzaram o Oceano Atlântico e foram ouvidos do outro lado. Nesta data do ano de 1921, transmissões realizados por radioamadores do Clube de Rádio da América, ou RCA, em Connecticut, Estados Unidos, foram ouvidas na Europa por outros radioamadores. Saiba mais sobre como foi esta transmissão história lendo este artigo publicado pelo QTC da ECRA há dois anos: https://qtc.ecra.club/2019/12/hoje-ha-98-anos-uma-transmissao.html.] 

Para celebrar o pioneirismo da primeira transmissão de rádio transatlântica por membros de seu clube há 100 anos, o Radio Club of America (RCA) estará recriando as transmissões feitas há cem anos neste domingo, 12 de dezembro. 

Precisamente às 0252 UTC (que corresponde às 23:52 no horário de Brasília, portanto na madrugada entre sábado e domingo para nós brasileiros), qualquer radioamador ou radioescuta com um receptor de rádio ou por meio de um websdr poderão sintonizar seus equipamentos na frequência de 1.825 kHz. A transmissão será identificada pelo indicativo W2RCA e repetirá a transmissão de 1921 em Código Morse CW a uma velocidade de 12 ppm. 

Além desta transmissão feita pelo RCA, outro clube, o The Vintage Radio and Communications Museum de Connecticut usará uma réplica do transmissor de 1BCG para transmitir uma mensagem semelhante em código Morse, mas em outra frequência: 1820 kHz. A mensagem será repetida a cada 15 minutos, começando em 11 de dezembro às 23h UTC (20:00 horário de Brasília) até as 04h UTC (1:00 horário de Brasília) em 12 de dezembro. 

A ARRL dos EUA e a RSGB do Reino Unido criaram uma lista de outras estações e grupos que organizam eventos e atividades para comemorar os 100 anos de comunicação transatlântica pelos radioamadores. Visite http://www.arrl.org/transatlantic e https://rsgb.org/transatlantic-tests respectivamente.


A IMPORTÂNCIA DO FEITO


Na época, para manter as comunicações entre os dois lados do oceano era necessário utilizar antenas gigantescas e transmissores com potência da ordem das centenas de quilowatts, pois eram utilizadas frequências da faixa das ondas longas e médias. As ondas curtas, diziam os especialistas na época, eram inúteis e não permitiriam comunicações estáveis e nem a longas distâncias. Porém, não era isso em que os radioamadores acreditavam.

O transmissor que 1BCG utilizou em 1921 

Assim, decidiram empreender testes para provar que contatos transatlânticos poderiam ser realizados com recursos e potências muito mais modestas. Para isto, Major E. Howard Armstrong, indicativo 1BCG, conseguiu uma pequena cabana de madeira de um fazendeiro em Greenwich, Connecticut, e lá instalou seu transmissor de cerca de 900 watts de potência de entrada e sua antena, que foi do tipo T-cage com cerca de 30 metros de comprimento e 20 metros de altura mais um contrapeso radial sintonizado para 1,3 MHz ou 230 metros em comprimento de onda. O sucesso do teste foi um divisor de águas, pois provou que as então subvalorizadas "ondas Curtas" seriam por demais úteis, como a história posterior mostrou. Este foi um importante feito protagonizado por radioamadores.

Saiba mais sobre como foi esta transmissão história lendo este artigo publicado pelo QTC da ECRA há dois anos: https://qtc.ecra.club/2019/12/hoje-ha-98-anos-uma-transmissao.html. Um outro excelente e minucioso artigo pode ser encontrado aqui: https://forums.qrz.com/index.php?attachments/amateurs-span-the-atlantic-on-shortwave-by-bruce-kelley-w2ice-and-donald-hudson-ka1tzr-pdf.753144



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