Por Alisson, PR7GA

O Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) relata que está em vigor até 11 de dezembro um alerta de tempestade geomagnética devido aos efeitos de uma colisão de ejeção de massa coronal (CME) com a magnetosfera da Terra entre 9 e 11 de dezembro. Esta CME está ligada a uma erupção solar C7 que surgiu na mancha solar 2790 em 7 de dezembro. Saiba mais sobre o que é uma CME mais abaixo.

No final desta quarta, 9 de dezembro, é possível que uma onda de choque associada a esta CME alcance a Terra, o que poderá gerar inicialmente uma tempestade geomagnética G1 (menor). Conforme os efeitos da colisão continuam, a perturbação geomagnética tende a aumentar, especialmente se o campo magnético que acompanha a CME girar para o sul, o que irá alinhá-lo com a magnetosfera de polaridade oposta da Terra. 

Há risco de tempestades mais fortes, por isso um alerta de tempestade geomagnética G3 (forte) está em vigor a partir de 10 de dezembro. Uma tempestade de nível G3 pode resultar em degradação na propagação nas faixas de HF, com a possibilidade de auroras aparecerem muito mais distantes dos pólos do que normalmente ocorrem.

Os distúrbios geomagnéticos relacionados a esta CME devem continuar até 11 de dezembro, provavelmente resultando em uma tempestade geomagnética de nível G2 (moderada), e neste caso será emitido um outro alerta correspondente caso isto ocorra. Em uma tempestade G2, a propagação de rádio HF pode diminuir em latitudes mais altas, com a aurora podendo ocorrer também em locais incomuns.

Embora haja bastante certeza por parte dos metereologistas de que esta CME chegará à Terra, o momento e a intensidade da tempestade geomagnética ainda são incertos. Para maiores informações e atualizações, visite www.solarham.net/geo_forecast.htm e www.swpc.noaa.gov/products/wsa-enlil-solar-wind-prediction


O QUE É UMA EJEÇÃO DE MASSA CORONAL (CME)?


As ejeções de massa coronal (CMEs) são grandes explosões que ejetam plasma e um campo magnético associado da superfície solar. Podem ejetar bilhões de toneladas de material coronal e carregar um campo magnético embutido (congelado em fluxo) que é mais forte do que o campo magnético interplanetário (FMI) produzido pelo vento solar. A partir do sol, as CMEs viajam em velocidades que variam de menos de 250 até perto de 3000 quilômetros por segundo. As CMEs mais velozes, quando se dirigem à Terra, podem alcançar nosso planeta em apenas 15 a 18 horas. CMEs mais lentas podem levar vários dias para nos alcançar. Elas se expandem em tamanho à medida que se propagam para longe do Sol e CMEs maiores podem atingir quase um quarto do espaço entre a Terra e o Sol no momento em que atingem nosso planeta.

Fontes: 

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