Dois satélites de radioamador lançados em
órbita lunar
No último domingo, 20 de maio, foram lançados com
sucesso mais dois satélites de radioamador. O DSLWP (Discovering the Sky at Longest Wavelengths
Pathfinder) é uma missão orbital lunar conduzida pelo Instituto de Tecnologia
Harbin, localizado na China para radioastronomia em baixa frequência, além de
radioamadorismo e educação. Consiste em dois microssatélites pesando cada um
47Kg que foram lançados “de carona” junto com o satélite Queqiao. Este satélite
faz parte da missão chinesa de exploração do lado oculto da lua, que foi
bastante noticiada nos últimos dias. Em cada microsatélite existem dois
transceptores SDR nas bandas de VHF e UHF que irão enviar imagens, além de transmissões
piloto (beacon), telemetria, telecomando, e um repetidor de dados no formato
JT4. A potência de saída é da ordem de 2 watts.
Para alegria e orgulho da comunidade
radioamadorística especialmente do Brasil, após o lançamento, o primeiro relato
de recepção dos sinais da missão foram confirmados por um radioamador
brasileiro, o PY2SDR, Edson Pereira, o que mostra o grande empenho deste colega
na área de pesquisa e investigação científica, que é uma das principais, senão
a maior razão de ser do radioamadorismo. Após o brasileiro, muitíssimas outras
estações conseguiram captar os sinais da missão ao redor do mundo.
O Satélite A transmitirá dados nas frequências de 435.425
e 436.425 MHz. Já o satélite B transmitirá também dados em 435.400 e 436.400
MHz. Cada transmissão durará 16 segundos e serão repetidas a cada 5 minutos.
A organização da missão e o clube de radioamadores local
espera e estimula a participação de toda a comunidade de radioamadores do mundo
nesta missão. Eles irão preparar cartões QSL para as várias fases da missão
para todos aqueles que realizarem QSOs ou receberem dados enviados pelos
satélites. Além dos cartões QSL, serão dados prêmios para os 10 primeiros que
conseguirem receber dados, isso para cada continente. A participação dos
radioamadores também ajudará a equipe a saber com maior precisão o estado
operacional dos satélites.
Fonte: https://amsat-uk.org/ Traduzido e adaptado por PR7GA
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